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WEG (WEGE3) perde 14% do preço-alvo do UBS por economia fraca

29 jun 2022, 19:24 - atualizado em 29 jun 2022, 19:26
WEG
Segundo o banco suíço, a ação da companhia está barata, “mas nem tanto” (Imagem: WEG/Divulgação)

O UBS cortou o preço-alvo da WEG (WEGE3) de R$ 35 para R$ 30, potencial de elevação de 15% em relação ao último fechamento. Além disso, reafirmou a recomendação neutra.

Segundo o banco suíço, a ação da companhia está barata, “mas nem tanto”.

Os analistas Alberto Valério, Andressa Varotto e Isabella Lamas dizem que incorporaram o resultado do primeiro e quarto trimestre da companhia, além de uma valorização do real, no preço.

“Estimamos que a valorização do real (BRL) impactará negativamente a taxa de crescimento da receita líquida da WEG em 3 pontos percentuais em 2022″, preveem.

Crescimento devagar

O trio destaca no relatório que apesar das preocupações com o impacto das taxas globais mais altas na atividade
econômica, especialmente nos EUA, ainda há fundamentos de crescimento sólidos para a WEG em 2023.

Mesmo assim, o UBS vê o crescimento da empresa catarinense desacelerando de 19% em 2022 para 13% em 2023.

“O risco de uma recessão nos EUA está aumentando, mas ainda não está claro se uma potencial desaceleração econômica se transformará em recessão”, coloca.

Para 2023, o painel do UBS Global Capex sugere que, após dois anos consecutivos de expansão de dois dígitos, o capex global deve aumentar apenas +,4% em 2023.

“Também esperamos margem Ebitda de 2022 em 17,7% (em linha com o 1T22, pois acreditamos que esse nível já reflete o impacto de maiores custos de matérias-primas)”, coloca.

WEG: Bom momento em 2022?

Os analistas destacam que o bom momento operacional da WEG em 2022 é impulsionado principalmente por:

  1. GTD (Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica) doméstico suportado por geração distribuída solar, entregas de energia eólica (com a carteira de pedidos da WEG se estendendo até 2024 e baixas comps a partir do 1S21);
  2. suporte ao segmento de equipamentos industriais de ciclo curto e longo no Brasil e no exterior

Tendência de alta para o longo prazo 

O UBS lembra ainda que a WEG está bem posicionada para aproveitar tendências de longo prazo, como energia renovável e eletrificação, ao mesmo tempo em que visa expandir as operações no exterior e continuar ganhando participação de mercado, o que pode levar a taxas de crescimento sustentadas acima dos níveis históricos.

“Nesse caso, seria possível justificar um múltiplo de avaliação maior”, conclui.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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